sábado, 4 de junho de 2011

Por que quero ensinar Dança?

     Entender o corpo humano e sua mente sempre foi algo que fascina pelo mistério de como se estabelece a relação entre o Sistema Nervoso e o meio onde está inserido. Os seres humanos são seres sociais e sempre são desafiados a interagir com o meio e com seus semelhantes. Essas interações que são construídas, amplificadas e modificadas com o tempo, se constituem nas bases familiares, no convívio escolar e nos grupos que encontram afinidades. Nessas constroem e exercitam as regras básicas e incorporam princípios de socialização, maturidade e aprendizagem.
     Todo esse processo de maturidade neurofisiológica e psíquica envolve muita negociação, cooperação e reconhecimento, o ser humano tem necessidades afetivas para evoluir. Entender a dinâmica do corpo humano em sintonia com o meio influencia nas mudanças comportamentais e gera alterações neurofisiológicas. A dança é uma atividade artística/esportiva milenar, ou seja , o movimento e a expressão gestual vêm desde o homem das cavernas e apresenta grandes recursos para o desenvolvimento humano harmonioso. Acredita-se, portanto que, através da dança essa aprendizagem e o convívio com outros indivíduos se estabelecem de forma mais amparada e segura.
     Quando falo de educação corporal, falo do corpo vivido em plenitude, sentido, experimentado, relacionado com os demais corpos e meio. Sabe-se que através dela e de seu uso correto o desenvolvimento sensório-motor entrarão em harmonia, levando a uma dimensão mais ampla, ou seja psicofisiológica.
      A dança é a síntese de uma infinidade de informações, de experiências reais ou imaginárias, de reflexões, registradas e elaboradas através do movimento corporal. Educa a receptividade e suscita um sentido novo, que poderíamos chamar do sentido do ser. Precisamos do movimento para entender o mundo que nos cerca, falo de uma dança com propostas de trabalhar o movimento de qualidade expressiva, comunicativa, de livres descobertas com espaço criativo e reflexivo onde o sujeito possa se perceber, emocionar-se, experimentar e comunicar-se com seu próprio corpo, fazendo desta uma arte com uma infinidade de informações e aprendizagens.

Isto é o que diferencia a dança dos outros esportes nunca é repetitiva, esta ganha cada vez mais novos movimentos com descobertas infinitas que se renovam.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Minha Poesia

     Falar de meus alunos é falar de uma paixão, é falar em poesia pois é assim que me sinto em relação a cada um. Cada aluno nos traz um sentimento e um ensinamento, é uma troca de crescimento que tem uma base no amor e no respeito. Ser professor não é fácil, é uma profissão de entrega, sentimentos, pensamentos, emoções,sensibilidade, pois ser professor é cuidar de gente da forma mais integral. Não se pode educar seu aluno de forma integral sem interagir com eles, sem saber o que pensam ou sentem essa é a base de uma educação eficaz. O professor precisa desse cuidar, pois nisso fundamento minhas aulas, na emoção que gera a base de uma aprendizagem sólida. Pois só quando há envolvimento físico, mental e emocional a aprendizagem ocorre de verdade. Nosso cérebro reage com mais intensidade às nossas emoções e sentimentos do que um simples pensamento. Por isso é tão complexo  o ato de ensinar.
    Costumo falar que um médico ruim pode acabar com uma vida, mas um professor ruim acaba com uma vida por toda vida. Recebi essa missão de cuidar/educar vidas e isso é meu maior propósito de vida que exerço com grande paixão.
Assim escrevi para minhas alunas que fazem Dança pois foi essa emoção que elas me inspiraram:
     
                                                       BAILARINA
São meninas que sonham.
Sonham a dança da brincadeira.
Brincadeira de dança, ou
Dança de Brincadeira?! O que é melhor? Não sei!
Só sei que essas meninas
sonham, dançam, brincam.
Nesse mundo de faz de conta
E de realidade ...
Um mundo se constrói
Só para essas meninas.
E quem são essas meninas?
São meninas que brincam
Só para construir através da Dança seu
Mundo de sonhos reais.