Criar espaços de diálogos, criativos, reflexivos e democráticos para construir o respeito as diferenças num país onde a diversidade impera, isso é urgente. Precisamos entender que nosso Estado é constituído de vários povos, onde a pluralidade nacional é a nossa marca, não podemos negar que as diferenças são a nossa essência e que assim devem ser a nossa irmandade; cinco dedos diferentes compõem a nossa mão.
Devemos chamar a atenção acima de qualquer diferença que nossa identidade é também a condição humana, para compreender o elo indissolúvel, complexo entre a unidade e a diversidade de tudo que é humano. ( Morin,2011)
Respeitar as diferentes formas de ser, estar e sentir, respeitar as diferentes formas de pensar, ou de perceber o mundo sem hostilizar o outro, aceitar a singularidade do outro onde se possa criar uma simbiose onde todos aprendem, crescem. O reconhecimento dos direitos dos povos indígenas, os povos das florestas, os movimentos do campo, os jovens da periferia, as lutas das mulheres, as classes trabalhadoras, ético-raciais, religiosas, etc .... isto é inclusão e multiculturalismo. É a democracia em ação, um país onde as pessoas são mais humanas, reconhecem os direitos das diferenças, povos integrando e formando o Estado.
Até que ponto silenciamos, destruímos a singularidade, subalternizamos as muitas diversas formas de linguagens que vem para contribuir no crescimento e comunicação de todos? Criamos uma relação com o diferente de "algo curioso", exótico, a banalização no calendário nacional, surgindo assim os efeitos perversos do preconceito, e não uma prática que deveria ser de identidade, irmandade e natural no cotidiano.
Estamos educando para emancipar nas escolas ou colonizando, monopolizando a cultura, quando as relações de poder ainda são das classes dominantes com sua única Matriz Cultural?
"Ninguém nasce odiando o outro devido à cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. As pessoas aprendem a odiar e, se elas podem aprendem a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, porque o amor ocorre mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto". (Nelson Mandela)
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Nelson Rolihlahla Mandela (18/07/1918 - 5/12/2013). Foi Presidente da África do Sul de 1994/1999, o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1993.
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